...Tudo estava pronto para o Yule. A comida preparada
a bebida gelando na caixa térmica e os materiais de rito todos postos.
Só que mais importante. O folk estava reunido.
Cada um com sua função.
O skald, mexendo no som, para arrumar a lista de músicas para o rito.
Seu conhecimento de ritmo e como ele afetava as pessoas, sempre
fora essencial para um rito mais marcante.
A valquíria, louca com o atraso de alguns de seus ajudantes, corria
de lá pra cá, abençoando as bebidas, colocando mais gelo, e vendo
a quantidade de copos.
O thyle apenas olhava, ajudando de vez em quando a Valquiria
e o skald a arrumar os últimos detalhes de suas respectivas tarefas.
Enquanto isso, o godhi estava em profunda meditação. Respirava calmamente, fazia o galdr de Isa para acirrar sua concentração.
Tudo corria como planejado, tudo, apesar de aparentar desordem,
seguia seu ritmo frenético. As folhas penduradas, a fogueira prestes
a ser acesa, as velas, as tochas.
Quando a música começou a tocar, o povo todo parou e se olhou.
O Yule não estava mais vindo, o Yule estava presente.
E naquela noite fria, de um frio que não havia sido anunciado
pelos meteorologistas, era como se, por alguns instantes, cada
um daqueles fosse o espírito dos seus mais antigos antepassados.
Aquele era o verdadeiro clã, finalmente.
Prestes a morrer.
E renascer.
Pois assim é o Yule...
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