Somos skald, guerreiros, magistas. Somos um povo.
Sem rosto? talvez o rosto esteja apenas se formando, mas temos um só coração.
Por anos e anos ficamos presos. Mas ninguém nos prendeu.
Nós mesmos nos deixamoslevar. Pela sociedade, pelo dogmatismo religioso.
Aí decidimos nos libertar.
Saímos da primeira prisão, adentramos nos misteriosos umbrais que separam a tida religião comum e única, para entrar em salões mais aprazíveis ao nosso peito furioso.
Salões similares ao que encontraremos depois da pira funerária.
Mas então, muitos de nós, decidem-se dar a uma nova prisão.
A prisão de uma luta infundada. Lutar contra o que nos aprisionava no passado.
E assim, cegamente, nos entregamos a isto. Somos novamente prisioneiro.
Queremos enfiar na cabeça de nosso antigos carrascos as nossa crenças. Mostrar-lhes que há verdade no que proclamamos como nosso coração. Queremos enfiar-lhes na mente todos nossos novos conceitos, tudo aquilo que brilha forte.
Acabamos por tornarmos iguais a eles. Conversores. Missionários.
Idiotas.
Esqueçamos a conversãode uma vez por todas.
Nos dediquemos a nós. Sem falsos altruísmos. Atentemo-nos aos nossos desejos básicos para podermos alcançar um novo patamar de consciência. A de estar satisfeito, para assim poder usar nossa força sobressalente em favor de nossos semelhantes.
Sejamos egoisticamente humanitários.
Pergunte para si mesmo.
O que posso fazer por mim?
Apenas em seguida veja o que pode realizar para um irmão de kindred.
E siga a sequência.
o que podemos fazer para o nosso kindred crescer?
depois, oque podemos fazer pelo kindred aliado?
o que podemos fazer pelo asatu Brasil?
o que podemos fazer pelo Asatru mundial?
Responda de forma prática. Com uma ação.
Faça com que a primeira pergunta seja respondida e realizada no mesmo dia, do dia em que você ler este texto.
Um Viking, um Asatru, um Odinista, seja qual for a nomenclatura, tem de ser um homem ou mulher de ação.
Calcula-se apenas um segundo, e então se mergulha.
Sem hesitação.
Então, repito.
O que você pode fazer por si mesmo?
Já é hora!
"...Rápido deve alçar-se o que tem planos na terra ou vida de outros:
A presa escapa do lobo prostrado. O dormente raramente é vitorioso..." (Havamal, Verso 58)
Wassail Viajantes!
quarta-feira, 29 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
No fim do Yule...
...a fogueira já se apagando, o salão com as marcas do festejo.
Tudo ali era uma total destruição que, nem de longe, lembrava
qualquer outro evento que não o festival de Asatru.
A tigela de oferendas intacta, as velas no final, o cheiro de comida.
E todos, ou quase, dormindo. Uns em redes, outros nos colchões, com cobertores grossos, devido ao vento gelado que soprava.
SKaði finalmente chegara, e veio furiosa, como alguns deles sabiam que viria. Não era o Fimbull, mas estava bem próximo disso. Ainda assim, naqueles rostos roncadores, havia um sorriso de satisfação, de alegria por ter completado mais um rito, mais uma passagem.
Quando o sol decidisse aparecer, se de fato faria, não encontraria nenhum olho aberto, nenhuma comida.
Apenas as cinzas voando com o vento forte.
Espalhando tudo que eles haviam feito e refeito na noite anterior.
E tudo, sem exceção, estava renovado.
Pelo inverno, pelos kinsmenn....
Pelos ventos do norte.
Tudo ali era uma total destruição que, nem de longe, lembrava
qualquer outro evento que não o festival de Asatru.
A tigela de oferendas intacta, as velas no final, o cheiro de comida.
E todos, ou quase, dormindo. Uns em redes, outros nos colchões, com cobertores grossos, devido ao vento gelado que soprava.
SKaði finalmente chegara, e veio furiosa, como alguns deles sabiam que viria. Não era o Fimbull, mas estava bem próximo disso. Ainda assim, naqueles rostos roncadores, havia um sorriso de satisfação, de alegria por ter completado mais um rito, mais uma passagem.
Quando o sol decidisse aparecer, se de fato faria, não encontraria nenhum olho aberto, nenhuma comida.
Apenas as cinzas voando com o vento forte.
Espalhando tudo que eles haviam feito e refeito na noite anterior.
E tudo, sem exceção, estava renovado.
Pelo inverno, pelos kinsmenn....
Pelos ventos do norte.
sábado, 25 de junho de 2011
Quando o folk se reune...
...Tudo estava pronto para o Yule. A comida preparada
a bebida gelando na caixa térmica e os materiais de rito todos postos.
Só que mais importante. O folk estava reunido.
Cada um com sua função.
O skald, mexendo no som, para arrumar a lista de músicas para o rito.
Seu conhecimento de ritmo e como ele afetava as pessoas, sempre
fora essencial para um rito mais marcante.
A valquíria, louca com o atraso de alguns de seus ajudantes, corria
de lá pra cá, abençoando as bebidas, colocando mais gelo, e vendo
a quantidade de copos.
O thyle apenas olhava, ajudando de vez em quando a Valquiria
e o skald a arrumar os últimos detalhes de suas respectivas tarefas.
Enquanto isso, o godhi estava em profunda meditação. Respirava calmamente, fazia o galdr de Isa para acirrar sua concentração.
Tudo corria como planejado, tudo, apesar de aparentar desordem,
seguia seu ritmo frenético. As folhas penduradas, a fogueira prestes
a ser acesa, as velas, as tochas.
Quando a música começou a tocar, o povo todo parou e se olhou.
O Yule não estava mais vindo, o Yule estava presente.
E naquela noite fria, de um frio que não havia sido anunciado
pelos meteorologistas, era como se, por alguns instantes, cada
um daqueles fosse o espírito dos seus mais antigos antepassados.
Aquele era o verdadeiro clã, finalmente.
Prestes a morrer.
E renascer.
Pois assim é o Yule...
a bebida gelando na caixa térmica e os materiais de rito todos postos.
Só que mais importante. O folk estava reunido.
Cada um com sua função.
O skald, mexendo no som, para arrumar a lista de músicas para o rito.
Seu conhecimento de ritmo e como ele afetava as pessoas, sempre
fora essencial para um rito mais marcante.
A valquíria, louca com o atraso de alguns de seus ajudantes, corria
de lá pra cá, abençoando as bebidas, colocando mais gelo, e vendo
a quantidade de copos.
O thyle apenas olhava, ajudando de vez em quando a Valquiria
e o skald a arrumar os últimos detalhes de suas respectivas tarefas.
Enquanto isso, o godhi estava em profunda meditação. Respirava calmamente, fazia o galdr de Isa para acirrar sua concentração.
Tudo corria como planejado, tudo, apesar de aparentar desordem,
seguia seu ritmo frenético. As folhas penduradas, a fogueira prestes
a ser acesa, as velas, as tochas.
Quando a música começou a tocar, o povo todo parou e se olhou.
O Yule não estava mais vindo, o Yule estava presente.
E naquela noite fria, de um frio que não havia sido anunciado
pelos meteorologistas, era como se, por alguns instantes, cada
um daqueles fosse o espírito dos seus mais antigos antepassados.
Aquele era o verdadeiro clã, finalmente.
Prestes a morrer.
E renascer.
Pois assim é o Yule...
quinta-feira, 23 de junho de 2011
A música e Canção de Yule/Jól
A religião é um encontro em si mesmo. É olhar para dentro do seu coração e encontrar respostas, renovação, força. Buscar as virtudes e alegrias naquilo que chamamamos de eu.
E, nestas condições, precisamos, pouco a pouco, através da religião, mas sem necessariamente buscar dogmas, buscar o idioma da alma.
Dançamos, lutamos, lemos e estudamos através dela. E, tudo, digo realmente, tudo, está ligado a música. Ao ritmo.
Andamos em ritmo, comemos em ritmo, lutamos em ritmo.
É a linguagem mais profunda, a que nos leva ao extase e, por consequencia, a nós mesmos, ao nosso verdadeiro eu.
Por isso, nada melhor do que a música para encontrarmos o divino.
Aqui, uma canção de Yule/Jól, para que cada um, em cada lugar, encontre em si as respostas.
Canção de Yule (Autor: Ewerton Goulart/Skavis Wodenssigr)
"Perto do Final
Do mês de Junho
Há sempre a noite
Mais escura do ano
Que anuncia o inverno
No hemisfério sul do mundo
Unindo os deuses
E o ser humano
E quando o sol
Vai embora
O folk então
Se reune
Pois já é
Chegada a hora
De comemorarmos
O Yule
Refrão:
Celebrar!
Celebrar!
O Yule nós iremos
Celebrar!"
Aqui, um link para a gravação a capela da música.
http://www.4shared.com/audio/jihum4F5/Yule.html
Wassail Viajantes!
E, nestas condições, precisamos, pouco a pouco, através da religião, mas sem necessariamente buscar dogmas, buscar o idioma da alma.
Dançamos, lutamos, lemos e estudamos através dela. E, tudo, digo realmente, tudo, está ligado a música. Ao ritmo.
Andamos em ritmo, comemos em ritmo, lutamos em ritmo.
É a linguagem mais profunda, a que nos leva ao extase e, por consequencia, a nós mesmos, ao nosso verdadeiro eu.
Por isso, nada melhor do que a música para encontrarmos o divino.
Aqui, uma canção de Yule/Jól, para que cada um, em cada lugar, encontre em si as respostas.
Canção de Yule (Autor: Ewerton Goulart/Skavis Wodenssigr)
"Perto do Final
Do mês de Junho
Há sempre a noite
Mais escura do ano
Que anuncia o inverno
No hemisfério sul do mundo
Unindo os deuses
E o ser humano
E quando o sol
Vai embora
O folk então
Se reune
Pois já é
Chegada a hora
De comemorarmos
O Yule
Refrão:
Celebrar!
Celebrar!
O Yule nós iremos
Celebrar!"
Aqui, um link para a gravação a capela da música.
http://www.4shared.com/audio/jihum4F5/Yule.html
Wassail Viajantes!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Pão de Yule
Já que estamos em pleno Yule/Jól, nada melhor do que falar de uma das atividades
mais prazerosas num rito. A comida! (rs)
No kindred local (o Cães de Guerra/Striðshundar) geralmente variamos bem, e há algumas tradições internas.
Uma que foi acrescentada a pouco foi este pão delicioso

O nome verdadeiro dele é "laufabrauð" (que significa em islandês, "pão-folha"), mas eu apelidei carinhosamente de Pão de Yule. É típico de inverno e das comemorações de final de ano na Gelolândia (mais conhecida como Islândia).
A receita é muito simples de fazer e, por isso mesmo, decidi dividir com vocês, para que experimentem esta iguaria.
Receita de Pao de Yule
1 kg de farinha
30 grama de açucar
1 colher de sopa de fermento
1 colher de sopa de sal
500-600 ml de leite, morno (fervido)
1 colher de sopa de manteiga
Gordura pra fritar
Misture os ingredientes secos. Aqueça o leite ate ferver e derreta a manteiga nele. Despeje nos ingredientes secos e misture bem. Sove ate conseguir uma massa densa. Faca rolos no formato de salsichas e reserve sob um pano ligeiramente umido. Corte pequenos pedacos e abra a massa com rolo de macarrao. Estes paes sao tradicionalmente bem finos. Uma boa forma de asber se a massa esta realmente fina o suficiente e ver se voce pode ler algo atraves dela do jornal local. Corte-a em formato circular, usando um prato de tamanho medio para acertar a medida. Se voce tiver que guarda-las sem fritar, armazene-as entre papel manteiga, ponha em filme e refrigere. Decore do jeito que quiser
Aproveitem e, tratem de mandar comentários para quem mais testar a receita. Eu já testei e aprovei, e todo meu kindred. Vamos ver vocês!!!
Wassail!
mais prazerosas num rito. A comida! (rs)
No kindred local (o Cães de Guerra/Striðshundar) geralmente variamos bem, e há algumas tradições internas.
Uma que foi acrescentada a pouco foi este pão delicioso

O nome verdadeiro dele é "laufabrauð" (que significa em islandês, "pão-folha"), mas eu apelidei carinhosamente de Pão de Yule. É típico de inverno e das comemorações de final de ano na Gelolândia (mais conhecida como Islândia).
A receita é muito simples de fazer e, por isso mesmo, decidi dividir com vocês, para que experimentem esta iguaria.
Receita de Pao de Yule
1 kg de farinha
30 grama de açucar
1 colher de sopa de fermento
1 colher de sopa de sal
500-600 ml de leite, morno (fervido)
1 colher de sopa de manteiga
Gordura pra fritar
Misture os ingredientes secos. Aqueça o leite ate ferver e derreta a manteiga nele. Despeje nos ingredientes secos e misture bem. Sove ate conseguir uma massa densa. Faca rolos no formato de salsichas e reserve sob um pano ligeiramente umido. Corte pequenos pedacos e abra a massa com rolo de macarrao. Estes paes sao tradicionalmente bem finos. Uma boa forma de asber se a massa esta realmente fina o suficiente e ver se voce pode ler algo atraves dela do jornal local. Corte-a em formato circular, usando um prato de tamanho medio para acertar a medida. Se voce tiver que guarda-las sem fritar, armazene-as entre papel manteiga, ponha em filme e refrigere. Decore do jeito que quiser
Aproveitem e, tratem de mandar comentários para quem mais testar a receita. Eu já testei e aprovei, e todo meu kindred. Vamos ver vocês!!!
Wassail!
Do princípio
Não somos revoltados.
Nós somos a própria revolta.
Só que mas do que isso, não vamos apenas contra. Estamos estabelecendo algo novo, Duradouro, contínuo.
Aqui haverão muitas palavras.
E que estas palavras sejam o início das atitudes.
Wassail!
Nós somos a própria revolta.
Só que mas do que isso, não vamos apenas contra. Estamos estabelecendo algo novo, Duradouro, contínuo.
Aqui haverão muitas palavras.
E que estas palavras sejam o início das atitudes.
Wassail!
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